Date:Qua Fev 21, 2001 3:01 pm Texto:44 Assunto: Liberdade e Drogas txt longo Mensagem:647

Olá Ventanias;

EStou hoje em Sampa e agora a tarde trabalhando na consultoria que presto a empresa da Cris, por isso cá entro em contato via pc da mesma, aproveitando um momento de folga para enviar este mail.

ESta série de mails que vieram a partir deste mail do Lobo Do Cerrado, me deixaram muito satisfeito, por notar que a lista de um passo muito grande no sentido de maturidade, de preocupação sincera entre os membros , a forma sutil e no entanto incisiva que o Lobo colocou a questão demonstra um espírito preocupado com o real bem estar de companheiros de jornada.

O que precisamos ter muito cuidado é com essas fofoquinhas e picuinhas que as pessoas gostam de criar e acabamos por vezes enredados nestas questiúnculas deixando de lado a verdadeira busca da Liberdade. As pessoas quando não estão cuidando da própria vida, o que dá muito trabalho e exige muito, adoram cuidar da vida alheia. Assim falar dos outros parece ser o esporte preferido de um monte de gente, falar por falar, falar porque ouviu falar, coisa de gente irresponsável , coisa de gente que nitidamente não trabalha a si próprio, pois como quem trabalha sabe, o tempo que consumimos cuidando de nossa realidade é tão amplo, que só quem nõa cuida de si tem tempo para fofocar sobre a vida de outros.

Já vi isto acontecer em muitos grupos , aliás o movimento neo pagão brasileiro tem uma eterna briga entre Wiccas e não wiccas, entre pessoas que querem ser a “voz da verdade” desprezando a liberdade inerente aos caminhos que seguem os ciclos da vida e da Terra e nunca dogmas.

Me mantenho a margem destas questões por considerá-las tolas e patéticas, o que está em jogo é algo tão sério que fica claro como é dificil que “mil gatos (as) sonhem” quando as pessoas querem impor seus sonhos a outras, suas verdades a outras, ao invés de permitir que cada um desperte pelos seus próprios passos.

É muito difícil viver e deixar viver, mais ainda permitir que outros errem para aprender.

Quem leu “O Segundo círculo do poder” e o “Presente a águia” encontra o grupo do nagual, o primeiro grupo , composto por Pablito, Nestor, Benigno , a Irmanitas , La Gorda e D. Soledad, enredados em crises sem fim, onde agem como pessoas das mais comuns, com brigas e disputas e problemas de relacionamento pueris.

É bom ler isso para perceber que enquanto não resolvemos nosso lado mais profundo deste mundo somos expostos a ficarmos mesmo presos em brigas de ego. Podemos ter poderes e mais poderes, entrar mesmo no mundo do nagual, mas seremos como tantos dos antigos videntes, cheios de poder e vazios de sobriedade, pois a sobriedade só vem da resolução de nossa vida cotidiana.

Fofocas, se não fossem tão ‘sérias as consequências poderíamos rir delas, mas sempre tem sua utilidade, como checar se estamos mesmo livres da importância pessoal ou ainda somos escravos da mesma.

É complexo isso, pois como bem colocou o Márcio por vezes tais fofocas pertubam nosso eu social, podem mesmo nos prejudicar em campos de trabalho ou relacionamento.

Mas isso não justifica que nos sintamos atingidos, devemos trabalhar para esclarecer os fatos, deixar que a verdade venha a tona, mas em nenhum momento devemos nos sentir atingidos ou ofendidos, isso é importância pessoal pura.

É como a história do jaguar perseguindo o novo nagual. Ele faz o máximo para escapar, sabe que está defendendo sua vida, mas em momento algum vai parar e discutir com o jaguar que ele não tinha o direito de o perseguir.

Vamos a questão das drogas, este é um tema muito sério no caminho.

O uso de plantas de poder é uma coisa. O uso de drogas químicas é outra coisa. O uso de plantas de poder fora do contexto profundo do xamanismo é outra coisa ainda.

Precisamos começar delineando isso.

LSD, Cocaína, Heroína , Anfetaminas e outros produtos da industria química são resultantes de construção química de substâncias que interferem no funcionamento normal de nosso cérebro e sistema nervoso. Provocam um colapso em nosso sistema nervoso e isto pode levar o primeiro anel de poder e interromper sua atividade ativando o segundo. Entretanto o preço que se paga para isso, vale a pena?

Mas primeiro: Estas entradas fortuitas e descontroladas na segunda atenção nenhum beníficio trazem, muito pelo contra’rio, podem mesmo confundir uma pessoa e criar patologias psiquícas e físicas da mais diversas. As pessoas as vezes estão tão enfastiadas de seu dia a dia, tão perdidas na confusão que se meteram que acabam procurando caminhos de “esquecimento” .

É para isso que servem as drogas químicas e o uso da maconha nos meios comuns, as pessoas querem “viajar” , querem “esquecer os problemas” , querem “ ficar livres” , mas só isso.

Notem que a proposta xamânica do uso de plantas de poder é outras. Os (as) xamãs sempre usaram plantas de poder para estar mais amplos, mais conscientes, para ir em busc de visões e sinais, portanto nunca para “fugir “ da realidade no sentido de negá-la, mas sim ir além da realidade, no sentido de ampliarem-se.

SEgundo ponto inconveniente: Causam males enormes a saúde. Hora a prática de caminhadas constantes, de exercícios físicos, de uma alimentação sadia, dos exercícios de Tensigridade ou similares tem como objetivo fortalecer o corpo, os(as) xamãs insistem que precisamos estar saudáveis para o que vamos realizar no mundo do poder, que o corpo deve estar forte e flexível, que precisamos de “visceras de aço” . É então total contra senso fazer uso de substâncias que destroem a saúde com a pretensão de provocar estados visionários, estados cheios de ilusão que servem aos que tem preguiça e não querem de fato transcendencia, mas só algum “agito” a suas vidas rotineiras .

Eu tenho uma pesquisa vasta sobre o tema, coisa que ainda está em andamento e pretendo publicar um dia minhas conclusões sobre esta questão que não é algo simples nem superficial, pois o grau de consumo de álcool e drogas na nossa sociedade é impressionante e o mais preocupante, grande parte das pessoas que entram nesse caminho são justamente as pessoas com mais energia e mais potencialidades num grupo.

Já notaram isso? As pessoas mais brilhantes e interessantes de um grupo social acabam entrando nestes caminhos e em grande parte acabam tendo efeitos que mexem com toda a vida delas.

Vejam o número imenso de adolescentes e jovens que estão fazendo uso desmedido do álcool, para grande parte da “ galera” sair fim de semana é se embebedar muito e “travar” geral.

A pergunta é: Que futuro vão ter? Em termos de saúde psiquíca e física?

Dias desses estava caminhando nas cercanias de uma das cidades onde fico e encontrei numa área de mata que circunda a cidade um grupo “fumando um baseado” .

Quando me viram notei que se inquietaram, então alguém me reconheceu ( como dei aula durante algum tempo na cidade sou conhecido como “professor” pela moçada) , alguém gritou este termo, eu respondi e ouvi “ beleza, o cara é limpeza” .

Me aproximei do grupo e quando me ofereceram para fumar aleguei que já tinha “matado o meu” e “tava viajando” , assim o grupo me aceitou como “igual” .

Coisa importante para quem lida com adolescentes, eles só te ouvem se de alguma forma se identificam contigo, do contrário podem até fazer de conta que tão te ouvindo, mas no fundo tu és o “estranho” e mil barreiras se erguem.

A intimidade que consegui com meus alunos me revelou muita coisa, especialmente porque na época tinha cabelo comprido e era “o cara que morou com índios” , isto dava um tom de “diferente” que me fez aproximar mais deste pessoal e conversando com eles notei como é inócuo e quase ineficiente toda a campanha oficial de combate as drogas, pois os que tem a tendência para usar criar barreiras a quaiquer doutrinações e cada pessoa que vem falar contra já é catalogado com careta e os ouvidos se tornam moucos a seus argumentos.

Fiquei muito tempo conversando com o grupo e notando o efeito da erva sobre eles. Ali , eram uns 8, estavam adolescentes de 14, 15 anos. Qual o efeito da Erva? Ela apenas os diluia ainda mais, ficavam rindo de bobagens sem fim, enfim para poderem estar presentes sem as barreiras e os medos precisavam fazer uso da erva , porque tudo que faziam naquele estado era “viagem” , assim socialmente justificável e aceito.

Os males que causam a seus organismos ainda em formação e alguns , além de fumar cigarro, ainda me contaram que fumam “crack”” que é o lixo do lixo das drogas.

Qual o futuro deles? Saí dali meditando sobre isso, sobre quantos grupos como esses não existem espalhados só por este Brasil, onde cada vez mais adormecidos e dopados pelo uso indiscriminado de tais substâncias, vão condenando suas vidas e seus futuros, num mundo que já é dificil e predador.

Hora, eles sequer tinham a personalidade formada, como podiam “metabolizar” os efeitos de uma planta de poder?

E é esta a questão que levanto para muitos (as) que alegam usar “plantas de poder” para “expandir a consciência” . Vem a questão colocada por Gurdjieff: TEmos que ter consciência para ampliá-la.

Depois aquela planta que fumavam tinha sido plantada num lugar ilegal, colhida por pessoas que tinham como única meta : ganhar dinheiro; traficada por gente que usa da violência como expediente normal.

Que energia estava impregnada nesta planta que usavam?

Assim o uso indiscriminado, para apenas “viajar” que muitos fazem uso de tais substÂncias revela que nestes casos não estamos lidando com uma abordagem de “poder” de tal planta, mas apenas mais um sintoma de uma sociedade em crise, em desagregação, em decadência que corrompe tudo que toca.

Assim como esta sociedade mercantilista aproveita de charlatães que fazem de conta que dão cursos e vivências de xamanismo, quando apenas transmitem conceitos tacanhos, sem nenhuma preocupação com os resultados de seu trabalho, apenas vendo no que fazem uma “profissão” , o “dinheiro” também as plantas de poder foram tornadas instrumentos de consumo e de diluição numa ilusão já grande que o mundo vive.

TEmos assistido o mesmo ocorrer com o Runipan, que chamam de Ayuasca, com o cacto de São Pedro, com o Peyote e tantas outras plantas de poder que agora são usadas por grupos de pessoas que pretendem um “transe” coletivo, que anseiam por sair desta realidade consumista e degradante , para a qual no entanto voltam sempre que o efeito da planta passa. Se olharmos com atenção para tais pessoas e grupos notamos que apenas se enchem com mais ilusão e fantasia e assim tornam ainda mais dificil o caminho da Liberdade.

ESte o principal problema com o uso de plantas de poder, usá-las e não aproveitar nada o seu efeito , as experiências que sob ela experimentamos.

E aí vamos mais longe.

É necessário o uso de plantas de poder?

A resposta não é simples, depende de cada pessoa.

PAra algumas pessoas o uso é necessário, até indispensável, para outras é completamente dispensável e existem aquelas que nunca podem fazer uso de tais plantas , sob pena de se confundirem ou mesmo ficarem muito doentes.

CAda caso e’um caso e não podemos generalizar.

Mas estamos falando de xamanismo portanto vamos deixar claro:

Que uso de substâncias químicas não tem nada a ver com xamanismo, substÂncias químicas são resultantes de experiências desta época, que tentam imitar o efeito das substâncias naturais encontradas nas plantas, mas sem o “poder” .

Cocaína , por exemplo, é chamada por muitos de Maldição Inca, segundo alguns xamãs a cocaína está atacando o próprio sistema explorador que domina os povos , o número de executivos que só vive a poder de coca é espantoso.

PARa muitos é uma antiga maldição dos povos andinos atingindo os modernos conquistadores.

O uso de remédios deve se enquadrar nesta classe de tóxicos. Se tu trilhas um caminho xamânico e usa remédios químicos a todo instante, um simples anador, um simples melhoral ou aspirina, pode ter certeza que seu corpo está intoxicado e que tu estás usando drogas.

Se vamos ser precisos em nossa avaliação temos que passar por aí. Remédios químicos para o organismo tem o mesmo efeito que a coca ou heroína para o campo psiquíco.

As drogas farmacológicas viciam o corpo, quanto mais usam um remédio doses mais fortes precisam ser usadas.

O xamanismo é um caminho natural, assim os (as) xamãs mantém seus corpos saudáveis por efeito do uso de ervas e terapias naturais.

Se tens um armarinho de remédios que deixa com inveja muitas farmácias, se dependes de remédios químicos , quaisquer que seja, estás no caso dos viciados em drogas químicas.

O uso sistemático de remédios químicos revela um problema tão grande quanto o uso de drogas químicas.

Destroem as defesas naturais do corpo ( crescem as correntes entre epidemologistas que associam a AIDS a um problema muito mais sistêmico que a simples presença do vírus, alias em toda doença o agente tido como infeccioso é sempre um aproveitador, que entra quando o organismo por causas diversas entrou em colapso)

Portanto vamos aproveitar o tema “ drogas” e definir muito bem o que são drogas:

Drogas são todas as substâncias que agindo sobre o corpo provocam alterações metabólicas que podem imitar o comportamento natural do corpo, mas agem causando dependência e destruição orgânica .

Existem as drogas que atuam sobre a percepção, chamadas de psicodélicas, que os modismos da era hippie e a apologia de certos escritores e artistas fizeram parecer ser “chique” da “moda” “ moderno” usá-las.

A necessidade do transe é comum a todas as culturas, os cultos antigos sempre fizeram uso de plantas alucinógenas para induzir estados de realidades não comuns aos praticantes. Entretanto a forma pela qual isso era feito, a maneira pela qual tais ritos são conduzidos muda tudo.

FAto: A maioria das pessoas que usam drogas se dão mal, mais cedo ou mais tarde. Basta observar, ou estas pessoas “ saem da estrada” ou acabam se destruindo. Fora os casos que as pessoas se destroem tanto enquanto singularidades que se tornam incapazes de sair por si, engrossando as fileiras das igrejas fundamentalistas, deixando de consumir drogas químicas para consumir drogas ideológicas, que as tornam dependentes, heterônomas, mas ao menos “produtivas para o sistema “.

ALiás esse fator é muito sério.

O sistema tem uma relação muito dúbia com o problema das drogas e só o ataca quando o consumo se torna problema para a “produtividade” do individuo.

E aí chegamos no alcool. O uso de bebidas alcoolicas é completamente liberado em nosso país. Quem já esteve nos EUA por exemplo sabe como é dificil um menor conseguir comprar bebida ali, aqui bebe quem quer.

O uso do alcool é uma questão séria em nossos dias . Primeiro idade. Beber muito com seu corpo ainda em formação é completamente imbecil. SEgundo qualidade; Cada porcaria se bebe por aí, vinhos que são pura tintura, wisk que vieram do Paraguai e por aí vai. Os efeitos da ressaca deixam claro a violência que o alcool faz em nosso corpo, mas as propagandas de TV e revistas ainda associam o “glamour” à bebida.

Aí vem o cigarro. Prá mim fumar é o atestado mais evidente de que saber intelectualmente de uma coisa não quer dizer nada para mudar o comportamento.

Já notaram que todo maço de cigarro vem com aviso sobre o mal que causa. E os fumantes continuam fumando. Os males do vício anunciados no próprio pacote que o traz, com a esperteza dos donos das industrias que avisam : ‘ta te matando, se queres continuar é por tua conta e risco” , claro que fazem isso apenas para se lvrarem de futuros processos, nem um pouco preocupados com a saúde de quem quer que seja.

E as propagandas de cigarro estão , ao lado das propagandas de bebida, entre as que mais glamour evocam. E sempre no final de propagandas alucinantes, evocativas, que mexem profundamente com os desejos e o simbólico de quem assiste um rápido e insonso aviso : O minístério da saúde adverte” e lá vem um elencar dos males que fumar causa.

Mas proibir nunca foi forma de resolver nada, será que não aprendemos nada com a his’toria? Proibir é sempre uma forma de criar uma aura em torno do que foi proibido que mais atiça a curiosidade.

Eu sou a favor da discriminalização da maconha justamente por isso. É como o caso da carteira de motorista com 16 anos. Todo mundo dirige com esta idade, mas o fato de proibir cria um problema ainda maior, tenho vários casos conhecidos de acidentes até fatais, com menores dirigindo, que se acidentaram ao fugir da polícia. Negando o fato, que menores pegam o carro e dirigem, estamos apenas criando um problema maior.

A maconha como está hoje colocada, como crime, acaba levando os usuários a se identificarem com a marginalidade. Isso é muito sério, temos que tomar cuidado com esta aura ainda meio “romÂntica” que cerca o submundo do crime organizado. É muito perigoso o que está acontecendo, quando o traficante se torna herói e a polícia se parece tanto com o criminoso que julga combater que fica dificil saber de quem correr.

Quandos jovens são chantageados, levam tapas, apanham mesmo, são desmoralizados por policiais quando flagrados usando maconha? Isto acontece todo dia e isto cria uma maior identificação destes jovens com o mundo do crime que com o mundo do contrato social que vivemos.

E viver em sociedade exige um contrato social.

A lei e a justiça tem seus defeitos, tem seus problemas, mas vivemos num estado de direito e isto é deveras importante de ser mantido.

Vá viver numa favela, em guerra entre gangues, para saber o quão é inconsequente toda idéia que toda autoridade é vã e deve ser suprimida. Quando estamos no mundo do crime organizado não há lei, a vontade caprichosa de alguns se impõe, a vontade imposta pela força, pelo poder e a morte de quem não concorda.

Não vamos ser ingênuos e crer que nosso sistema legal é algo bom e puro, mas ao menos, no estado configurado, no estado de direito , temos instrumentos para uma ação politica e a política é o espaço público nas conformidades da lei, uma lei que é gerada pela necessidade da sociedade, onde a vontade caprichosa de grupos ou individuos não podem ser mais fortes.

SAbemos que ainda não estamos dentro disto 100% , mas o caminho é por aí.

Temos que notar que quando falamos de xamanismo estamos lidando com uma abordagem completamente diferente da realidade, uma abordagem que nada tem a ver com oos paradigmas dessa sociedade na qual estamso inseridos.

Lidar com outros estados de consciência não faz parte do que a sociedade cotidiana aceita ou lida.

As linhas psicológicas e psicanáliticas ortodoxas tratam todos os estados diferentes de consciência como patológicos, excessão para psicologias mais arrojadas, porém pouco aceitas, como a transpessoal.

Ainda temos alguns resquícios da inquisição em nosso tempo, os hospícios são um deles.

Assim entrar em outros estados de consciência não é algo que pode ser encarado de forma superficial como tudo o mais que acontece nesta sociedade.

É um tema amplo e sério, mas é bom começar a distinguir que o xamanismo é um caminho de liberdade, assim tudo que limita, que escraviza, que gera dependência, que destrói não pode ser um caminho xamÂnico.