Date:Qua Jan 10, 2001 1:52 pm Texto:33 Assunto: Kins e tempo/estado de consciência Mensagem:520
Saudações Ventanias; Saudações Gavião Real;
O principal ponto aqui me parece a diferença com a qual o xamanismo encara cada Kin e a forma pela qual o mundo encara o ‘” dia” .
O que é um dia ? Qual a diferença entre os dias? TEmos os dias de trabalho e os dias de “desacanso” .
Para os cristãos um dos dias é sagrado porque seu deus descansou nesse dia, após criar tudo que existe e nesse dia eles (as) louvam, agradecem e tudo mais. Alguns dias são importantes por serem datas sagradas, festas de certos santos ou santas, festas como Páscoa que é uma festividade que lembra a todos da chance de ressurreiçào, tem NAtal, quando se comemora uma época excelente de vendas e o nascimento de Jesus, tem Corpus Cristi que é a celebração do mistério da eucaristia, enfim as datas especiais são em grande parte religiosas, além destas datas celebramos coisas como “Dia da Independência” comemorando uma cena que nunca aconteceu, quando o grito de Independência ou Morte foi dado com sotaque português, comemoramos a “Proclamação da Independência” , a Globo, templo central do poder irradiado pelas Tele Telas atuais, tentou criar a data dos “500” anos e foi um fiasco, mostrando que mesmo num país que deixa tanto absurdo passar ainda se rejeita tanta falsidade e por aí vai.
Então temos datas como “aniversário” que é o dia do ano que nascemos, teóricamente estariamos completando uma volta ao redor do sol a cada aniversário, uma volta completa na elipse. Temos data’s que comemoramos porque alguém nasceu nela, conhecemos alguém na data, nos casamos ou seja lá o que for ,aconteceu naquele dia e convencionamos que aquela data é interessante.
Enfim, note que nosso calendário é totalmente dessincronizado. Comemoramos NAtal como no hemisfério Norte, Páscoa , como no hemisfério norte e assim fica mais dificil perceber que estas festas foram todas copiadas dos ritos pagãos e celebravam, em suas origens momentos cósmicos e telúricos importantes.
Os antigos festivais nas tribos pagãs não obedeciam calendários, eram uma resposta viva de um povo ainda em sintonia com a vida.
Só muito depois nas sociedades das ÜRbes” , isto é , das cidades e dos grupos que deixaram o nomadismo e se tornaram sedentários vamos ter celebrações criadas em calendários já mais artificiais.
Mas o sentido de cada dia, de cada Kin, de cada momento em que o sol nasce até quando se põe, é muito diferente nas cidades observatórios, nas cidades onde homens e mulheres xamãs viviam, estudando o fluxo das muitas energias que passam pelo nosso mundo, estudando os fluxos da energia de nosso próprio mundo.
O distante deus dos sistemas judaícos cristãos, surge entre um povo do deserto, quão diferente não são os deuses e deusas de um povo que vive nas luxuriantes. florestas da América.
A forma de contar um dia, a forma de sentir cada dia foi padronizada em nossa cultura.
Com o advento da revolução industrial acaba por se padronizar o tempo e indo mais longe monetarizam o tempo, tempo passa a ser dinheiro. Quando nào mais se paga as pessoas pela sua própria produção, quando um mesmo produto passa por uma “linha “ de produção, o que passa a valer é o “tempo de trabalho” e assim as pessoas cumprem “ jornadas” de trabalhos, medem o tempo por horas de trabalho, semanas , meses e assim recebem uma quantia, que é determinada de acordo com a função e responde por um “tempo de trabalho” .
O tempo assim , monetarizado, fragmentando, estratificado e padronizado vai se tornar algo bem diferente do que era para os antigos povos que estamos tentando estabelecer um elo de contato, os (as) ancestrais xamãs que viveram há eons nesse mundo, que nos deixaram sua ARTE, mas a qual para ser resgatada exige de nós uma profunda transformação perceptiva.
Tenho trazido esse tema do tempo maia, dos selos maias e dos Kins justamente para chegarmos a esse ponto.
Muitos dizem que em 2012 , no momento da transição de energia entraremos num novo feixe de irradiações, isso vai mexer profundamente com todo o mundo e com todo mundo.
EStaremos numa nova condição perceptiva por força dessas energias que estaram presentes em nossa realidade, mas isso só será usado de forma eficiente se nós, seres humanos, organismos perceptivos por excelência tivermos nossa percepção ampliada, libertada desses condicionamentos que por eras vem sendo desenvolvido e imposto e que agora conseguiu tomar todo o globo sob controle.
O tempo é a quarta dimensão, temos 3 eixos de espaço e um de tempo e medimos os eventos , “dimensionamos os eventos” em função desses eixos.
Dizemos : Fulana está em seu apartamento, na rua tal, no andar tal, vai estar lá às 3 da tarde. Demos os eixos referenciais aí, colocamos a largura, a distância e a profundidade onde a pessoa vai estar e a colocamos num momento do tempo.
Geométricamente podemos pensar um ponto e quando estendemos esse ponto num plano temos uma linha, a linha quando se estende no plano a partir de si mesma forma um plano no plano, que pode ser um quadrado, esse quadrado quando se estende a partir de todos seus pontos sai do plano e vira um cubo, Ponto, linha, quadrado, cubo e o cubo se deslocando no tempo, o cubo em vários momentos do tempo.
Essas imagens podem ajudar a localizarmos um pouco as coordenadas que usamos para nos localizar no tempo e no espaço onde estamos. Para os xamãs o tempo é algo muito mais objetivo e manipulável, isso porque os xamãs lidam com o tempo a partir de sentidos que estão atrofiados, adormecidos ou realmente danificados na maior parte dos seres humanos.
As pessoas fixam e vêem o tempo que vai embora. EStamos sempre nos relacionando com o tempo que vai embora , quando agimos dentro da ‘normalidade” estabelecida.
Os (as) xamãs aprendem a lidar com o tempo que chega.
Isso muda tudo, pois neste estado perceptivo captamos o tempo e tudo que vem nele, que está chegando, nào o que está indo embora.
Aqui são palavras tentando ir além do alcance ao qual estão limitadas por força da cultura.
QUando falo do tempo da perspectiva Maia é abrangendo uma forma completamente diferente de lidar com o dia a dia e isto acontece porque estaremos também em uma forma completamente diferente de lidar conosco mesmos.
O que muda tudo , antes de mais nada, é nossa real presença no aqui e agora.
O tempo do xamanismo só pode ser vivenciado por quem realmente está aqui e agora, presento no momento e no ato e não diluído em memórias, remoendo passados frustados ou ansiando por futuros ausentes.
Antes de qualquer tentativa de estabelecer uma relação intelectual com o “kin” , antes de tentar “entender” o que é um Kin temos que SENTIR isso, temos que viver isso e só vivemos algo quando estamos realmente presentes no aqui e agora onde este algo ocorre, quando somos parte da expressão da Totalidade se manifestando no momento.
Por isso temos que recomeçar lidando com nosso SER e ESTAR no aqui e agora, avaliando a qualidade de nossa presença efetiva neste momento que vivemos, só quando estivermos mesmo presentes e não apenas “no piloto automático” em cada momento de nossas vidas começamos de fato a ver além do véu que colocaram, percebemos que outros fluxos de tempo tambéme stão a nossa disposição, que mesmo trabalhando com outras pessoas, vivendo uam vida aparentemente “padrão” podemos nos conectar a outros fluxos de tempo e espaço que estão a nossa volta, apenas aguardando que nossa vontade nos leve a reconectarmos com eles.
O mesmo período de deslocamento do sol no arco que mede o dia pode ser de um “grau de intensidade” diferente para diferentes pessoas. Os (as) xamãs aprendem a usar a intensidade do tempo, para um (a) xamã uma hora pode valer por dias se for necessário , assim como um dia pode valer por uma hora, depende da necessidade.
Quando a gente vive em total sintonia com o Ser TErra , quando despertamos outros níveis de energia no corpo que temos e no corpo de energia que podemos criar, esta forma de SER nos leva a lidar com outras frequências de energia. Assim como nos alimentamos par manter esse corpo saudável também podemos ampliar ainda mais estas habilidades e “alimentarmos” os outros níveis sutis de ser que temos em nós.
Assim, quando trabalhamos com o calendário Maia, quando entramos em sintonia com cada momento do ser terra estamos alimentando outras partes de nosso ser total, partes que foram esquecidas pelos que vivem como escravos, que não precisam delas para suas funções de escravos, mas partes vitais para quem recupera a natureza mágica que é nossa real natureza.
É disso que estamos falando aqui. De uma profunda e revolucionária forma de mudar a realidade, não pegando em armas e assim dando lucro para os que financiam sempre os dois lados do conflito, mas mudando conceitualmente, recuperando nossa realidade perceptiva.
Vamos deixar o velho mundo com seus conquistadores, o que podemos fazer é salvar esse mundo que ainda está aí, essa natureza quie ainda está aí e isso pode ser feito se “ 144 mil gatos(as) sonharem.”
O que os(as) xamãs estão propondo é “uma cambolhata do pensamento para o inconcebível” , é algo impensado.
A magia que os (as) xamãs da Tribo do Arco Íris estão desenvolvendo é sutil, mas está crescendo, mesmo com a deturpação inevitável de alguns caminhos tidos por xamãnicos, mas que apenas usam palavras diferentes para manter o mesmo estado escravizador de consciência.
Se 144. mil gatos(as) sonharem podemos transmutar os núcleos atômicos das armas nucleares, levando-os a se tornarem elementos inofensivos.
Se 144 mil gatos (as) sonharem mudaremos nossa forma de medir o tempo e isto será o mais profundo golpe na estrutura desta civilização escravocrata mercantilista e imperialista.
Agora, aqui com meu cocar de penas, teclando essa mensagem que sei, chegará em tantos destinos diferentes, será repassa por listas e hps vejo que este combate continua em v’rios níveis e que a contrário de nossos antepassados espirituais, que após se reunirem, no último grande conclave entre as tribos, quando souberam que era momento de dispersar e esconder, porque as forças de destruição estavam chegando, agora é momento de aglutinar e revelar, pois são as forças de construção que estão retornando com todo sua intensidade.
É isto que os pseudodonos do poder temem que descubramos, por isto criaram as farsas das profecias de destruição, não são previsões, são rotas de trabalho para os que servem a destruição e temem perder o poder.
O xamanismo nos revela que temos uma natureza mágica e assim temos possibilidade de criar a Utopia no mundo, possibilidade efetiva, mas estamos deixando isso passar porque nos prenderam em celas escuras e cheias de medo, de culpa e pecado e assim, alienados de nós mesmos, somos inocentes úteis, somos objetos utilizáveis nas estratégias de dominação dos que continuam usando dos mais diversos meios para tentar se perpetuar no poder.
Pontos a ponderar para um estudo sobre tempo e kins.
Temos que tomar cuidado para nào cair em decorar : hoje é kin tal, hoje é um dia portal. Esses temas são para o Sentir antes do pensar e pensar entre os (as) xamãs é algo bem mais amplo que o raciocinar ao qual estamos acostumados.
MENSAGEM 524
Olá Ventanias; Olá Outsider;
Maneiro que tenha ti tocado do lance da seriedade e foco nos assuntos aqui abordados. Isso nos leva a refletir sobre questões importantes. Muitas vezes nas listas surgem confusões por causa desse lance de escopo, do que é e do que não é “off topic”. Repare que tu percebestes tudo pelo clima geral da lista, veio, tentou fazer coloções mecânicas e isso lhe incomodou, percebeu que destoou e então permitiu que sua essência, que é a única convidada para a lista, realmente se manifestasse aqui.
Isto ocorre muito aqui, chegam personalidades confusas, mas impelidas pela essência. Se a personalidade confusa vence se afastam, se a essência desabrocha continuam.
Continuar é estar presente, questionar é uma forma de estar presente. Mas não basta ouvir , não basta ler, é preciso vivenciar o que foi escrito, é preciso vivenciar o que foi captado. Palavras aludem, apontam, mas no xamanismo algo só é conhecimento se realizado por nós mesmos.
Certo , para nós, é o que tem coerência com os objetivos que nos propomos, errado é o que nos afasta da nossa meta. Por isso essa lista só tem utilidade plena para quem tem uma meta clara e vive em direção a essa meta. Quem não tem objetivo está jogando roleta com a vida.
Aliados. Este termo vem da obra do antropologo Dr. Carlos Castañeda. A obra do Dr. Carlos Castañeda representa o contato com uma linha de tradição que remonta a América Central , em outra era. Não basta dizer que tais homens e mulheres, ancestrais da tradição atual, eles em si herdeiros já de um saber ainda mais antigo, viveram há milhares de anos.
Milhares de anos é uma forma de contar o tempo que não faz sentido aqui, é um mero rótulo que usamos para dizer que algo está no passado, não temos a captação profunda do sentido desta frase “ há milhares de anos” .
Assim o tempo passa de forma diferente em locais diferentes e existem épocas que estão formadas de tais texturas de tempo que quase nada entenderemos das mesmas se a reduzirmos a interpretação racional. Existem xamãs da antiguidade que viveram isolados em outros mundos e que voltam para nosso mundo escravizado , as vezes por puro acidente. Ao chegarem são verdadeiros alienigenas em nosso contexto, pois embora tenham sido um dia humanos, sua própria humanidade era de outra textura, seus valores, seu Tonal enfim era outro, pois estava noutro Tonal dos Tempos. Existem irmandades xamânicas que zelam em localizar e auxiliar esses viajantes dos Tempos que surgem vez ou outra em nossa realidade e que se forem capturados pelos modernos inquisidores terão destino bem pior que as fogueiras, pois hoje as torturas a tais seres se faz em sofisticados laborátórios, onde cientistas servis testaram formas de extrair algum “poder” desses xamãs para transferí-los ao “soldado perfeito” que estão sempre sendo pagos para criar. Existem muitos contatos com um desses xamãs ou mesmo clãs inteiros que ainda são interpretados como “contatos com ets” e “naves espaciais” .
Acabei de ter um insight e comecei a escrever em paralelo um artigo que depois enviarei uma cópia para vocês, o título é “Eram os astronautas deuses?” sobre a questão dos Ets aqui.
Os(as) antigos (as) xamãs da região da América central herdaram conhecimentos estupendos dos seus ancestrais , que herdaram dos que vieram das Terras Sumidas, localizadas onde hoje está o que chamam de Triângulo das Bermudas.
ESte conhecimento abrange ( uso o presente pois ainda existe) muitas facetas. O Aliado é uma delas.
ALiado é o termo usado pela linhagem Tolteca para designar um ser consciente, de consciencia diversa do ser humano, mas ainda assim com possibilidades de estabelecer comunicação , um ser de natureza inorgânica, isto é, sem corpo orgânico como o nosso, pura energia.
Os aliados fascinaram e fascinam muitos. São das mais diversas naturezas, mas o termo Aliado se refere principalmente a certa classe de seres inorgânicos que moram num mundo próprio, paralelo a esse que vivemos. A tradição que estudei chama esse mundo de “Mundo das Cavernas Vivas” , a tradição Tolteca chama de “Mundo dos Seres Inorgânicos” .
Os seres inorgânicos já estavam aqui quando os seres humanos, tal qual compreendemos ser humano, surgiram. Quando a espécie humana vivia de forma natural, com seu foco totalmente centrado no nagual os seres inorgânicos já observavam. Depois a espécie humana migrou, foi para outra condição perceptiva, os “144 mil gatos(as) de então sonharam outro sonho, um sonho que os trouxe ao lugar do conhecimento racional, a esta posição do ponto de aglutinação onde hoje a espécie está presa. Mas alguns homens e mulheres apresentavam a capacidade de continuar indo ao outro “ trilho” . E lá , convivendo com estes seres que vivem nos vários mundos que existem e que podemos atingir ao deslocar nosso ponto de aglutinação, esses homens e mulheres aprenderam muito. Alguns(as) aprenderam coisas que lhes serviam para ampliar-se e ir além das possibilidades de descrever . Outros (as) caíram em armadilhas sutis e descobriram de uma forma muito direta a natureza predadora da REalidade. Os (as) antigos(as) xamãs da América Central desenvolveram um conhecimento enorme nas suas relações com os aliados, mas foram descobrir quando os Conquistadores chegaram que tudo aquilo ia lhes servir muito pouco para a mais vital de todas nossas necessidades : Sobreviver.
O fato é que os(as) xamãs antigos em suas jornadas por outras realidades encontraram e foram encontrados por vários entes e de acordo com o grau de compreensão da realidade criaram explicações para a presença destes seres.
Estabeleceram relaçòes de troca de energia e destas relações surgiram grupos que tinham em seu poder o contato com estes seres que algumas vezes eram trazidos completamente para esta realidade, assumindo assim até mesmo forma e texturas humanas ou de animais.
Muitos animais mágicos e entes incríveis das histórias indígenas sao presença registrada desses seres em nosso mundo, vivendo entre nós. Ter aliados é algo bastante delicado. FAz parte de um caminho que não leva necessariamente à Liberdade. Faz parte do conhecimento dos antigos videntes que os novos julgam dispensável em seu firme intento à Liberdade.
Existe uma dica em relação a segunda atenção. É um pantâno vasto e muito mais aprisionante que a primeira atenção.
TEndo confundido a Segunda Atenção com “ o mundo espiritual” , e crendo se deslocar para dimensões “ superiores” quando iam para a segunda atenção, “elevar-se ‘céus’ acima” nossos(as) ancestrais acabaram enredados nas malhas da segunda atenção.
Ainda hoje essa avaliação equivocada é mantida em muitas tradições nativas. Os videntes toltecas resolveram essa armadilha. Perceberam que a primeira atenção e a segunda atenção eram asas, mas os videntes se focaram no corpo da borboleta, as asas estão ali, devem ser batidas, isso é, podemos e devemos treinar nossas habilidades tanto na segunda atenção como na primeira , mas é tolice buscar voluntariamente se aprofundar na Segunda ATenção.
Práticas mágicas como o Aliado exigem a supervisão de alguém que domine A ARTE. Estar só no meio da multidão, estar no mundo sem ser dele, estar em si, no silêncio da Presença. São conceitos que bem compreendidos falam de formas de agir no mundo altamente estratégicas, vivenciados promovem em nós o “ativar” desses estilos de ação. Quando no Nagual, onde racionalismos nenhum valor tem, os ‘ estilos” desenvolvidos tomam a frente e nos vemos agindo no corpo de energia em foco.
Nossos ancestrais tinham Aliados aos montes e quando os invasores chegaram o que isso lhes adiantou? Os que abandonaram as cidades e se refugiaram em outras condições da realidade ainda estão ali. Os que voltaram ao nomadismo e se espalharam por vários lugares do continentes ainda sobreviveram por mais tempo, muitos conseguiram individualmente ou em grupos, a ir também rumo a outras condições da Realidade, alguns até mesmo sobreviveram ao extermínio da memória que a civilização conquistadora impôs, como os Anassazi. Testemunhos mudos de uma ERa de poder, os templos e monumentos de pedra que se estendem por todo o continente falam desse outro tempo, da civilização sofisticada que aqui existia. Com todo seu poder e sofisticação, com toda sua magia e poder ainda assim onde estão hoje? Os ALiados podem ser “auxiliares” eficientes, pode haver uma troca justa e compensadora de energia entre um aliado e seu parceiro humano, em viagens nas outras realidades um aliado é um bom batedor. Mesmo nesta realidade um aliado é um batedor excelente quando se precisa caçar, para andar por lugares perigosos o aliado pode nos orientar que rota tomar , enfim há muito que um aliado pode nos ajudar, mas eles estão sempre tentando fazer uma oferta, querem a nossa consciência, por isso estão conosco. Ir ao mundo dos aliados é algo que faz parte do caminho Tolteca, mas isso é também um risco, pois os aliados farão de tudo para ficarmos ali. O que vemos como aliados é o corpo de energia de entes que vivem dentro das cavernas vivas, entes que se projetam para nossa realidade em busca de presas humanas. Se estivermos no mundo das cavernas vivas e expressarmos nosso intento de ficarmos ali seremos arrastados, até mesmo com nosso corpo, para ali e então estaremos presos por milhares de anos ali. E milhares de anos acabam um dia e a Liberdade foi perdida.
Mas o fundamental na questão dos aliados é entender que tudo que fazem ou podem fazer depende da “energia pessoal” de quem interage com eles.
Assim os aliados só ajudaram de fato xamãs e seus clãs a escaparem da destruição quando o poder pessoal de cada um(a) envolvido era suficiente para dar a esse aliado condiçõs de atuar.
No campo das realizações mágicas o auxilio de um aliado é similar, ele toma por base o eu médio do(a) xamã e ensina a partir daí. Especialmente os aliados oriundos deste mundo paralelo que os(as) antigos (as) fizeram por santuário e refúgio, gostam de tomar xamãs sob sua tutela e ensinar, o problema é que usando o “eu médio” de alguém que nunca se cultivou é apenas fruto do meio, já era um problema na época desses(as) xamãs, que viviam em uma sociedade equilibrada, o que não dizer dos “egressos” dessa sociedade que vivemos?
Por isso a TRilha do(a) Guerreiro(a), ou o Caminho do(a) Guerreiro(a). Pretendiam com isso os(as) xamãs “cultivar” quem fosse se aproximar do saber ancestral, para que não caísse na armadilha do Poder.
SEgundo o velho nagual as idéias de “fazer um pacto com o diabo , em troca da alma” é uma lembrança deturpada desses pactos entre humanos e entes de outros mundos.
Se o aliado e o xamã desenvolvem uma relação de dependência isto é ótimo para o aliado e péssimo para o xamã, pois o que os aliados estimulam é exatamente relações de dependência e ser dependente para quem busca a liberdade é algo contraditório.
Só o firme intento de liberdade pode ajudar um(a) xamã a ser realmente capaz de escapar das muitas armadilhas que se abrir a Eternidade cria.
Como assim ser UNO com o aliado como dizia D. Juan ?
——O Conhecimento direto sobre o aliado é impossível de ser falado ou escrito, só pode ser vivenciado. O aliado só existe para quem está usando o corpo esquerdo
2 ) As tais linhas paralelas parecem a mesma coisa para todos ? Ou seja, se eu as vejo de uma determinada forma significa que outra pessoa também vê assim ? Quando as linhas paralelas estão em meu campo de visão, eu estou VENDO ou estou OLHANDO para elas ?
Todas essas perguntas são razão, linhas paralelas não é para a razão, faz parte do que se vive com o corpo esquerdo.